fotos do celular

Minhas mães não param de tirar fotos, todas do celular, claro. Ainda bem que amanhã vem a Marizilda fazer umas fotos de verdade!!

Passeio no Aterro

Com a toalha de pinguim para lembrar das minhas amigas de Ushuaia

Retratos



Eba!!! engordei 320 gramas

O Dr. Ricardo disse que estou muito bem, engordei o dobro do planejado para esta semana, agora minhas mães vão me deixar dormir em paz, não gosto de que me acordem de 3 em 3 horas para mamar...

Olhem minhas caras e bocas

Gente, nasci!!

Dia 26/11às 16h50 na Perinatal

Foi tudo muito rápido, em menos de duas horas já estava no colo das minhas mães, demos sorte do Dr. Xico chegar a tempo!!

Minha mãe Cinthia depois vai contar com mais detalhes, agora esta muito ocupada cuidando de mim.

Recém nascido

Meus dados

Saindo da maternidade

Primeiro dia em casa



Com minha mãe Carla

Meus pezinhos

Pensando na vida



Muitas fotos

Hoje tivemos mais uma sessão de fotos com a Marizilda. Vocês sabiam que minhas mães e eu depois de nascer, vamos aparecer na capa da revista de domingo? De só pensar dá um friozinho na barriga...

A Marizilda tirou centenas de fotos mas não podemos, por enquanto, publicá-las aqui. Foi bem divertido, até teve momento cafona da minha mãe Carla tocar violino para mim através do barrigão de quase 35 semanas...

De premio consolação nos deu esta linda foto tirada com a super mega câmera pinhole do Iphone.

Para continuar no meio líqüido

Ontem minhas mães compraram para mim um tummy tub  ou banheira terapêutica que mais parece com um balde. Leram na internet que traz um monte de benefícios e faz com que não sintamos tanta saudade do útero no inicio da vida fora, podemos usá-lo desde que nascemos e é fácil se acomodar nele na posição fetal. Acho que vou gostar!!

Vejam esta menininha bem pequena nele

Sessão de fotos às 32 semanas (continuação)

Nossa amiga Jana vai, aos pouquinhos, nos enviando as fotos tiradas no dia 16/10. Agora já estou bem maior!!

Aqui minhas mães e minhas gatinhas, Isolda e Flora.

E aqui minha mãe Cinthia fazendo os exercicios de ioga da Fadynha.

Aula de parto

Ontem tivemos a aula de parto.

Fadynha nos ensinou muitas coisas importantes para este período final da gravidez, trabalho de parto e o parto propriamente dito. Nos explicou que é um trabalho em equipe, das minhas mães e eu. Eu tenho que fazer uma série de movimentos que parecem muito difíceis, mas dizem que todos os bebês sabem fazê-los, como girar o dorso para o lado esquerdo, virar a nuca alguns graus para um lado e depois para o outro e um monte de outros movimentos que, como são instintivos, não preciso me preocupar. Mamãe Carla tem que resolver todas as questões práticas, preparar o ambiente para que fique aconchegante e cálido, fazer massagens, segurar, entender e adivinhar o que mamãe Cinthia precisa, assim ela pode não pensar, virar “bicho” e mergulhar na “partolândia”, como a Fadynha diz.

Aprendemos que andar, mas andar muito, nas últimas semanas vão me ajudar a me colocar na posição correta; como reconhecer que se iniciou o trabalho e qual é a hora certa para ir para a maternidade; que andar de cócoras, como um pato, amplia a abertura dos quadris em quase 4 cm; que temos que aproveitar as contrações para trabalhar, fazendo exercícios como cócoras e bambolê e os intervalos para relaxar e recuperar as energias; que fazer massagens diárias na região do períneo com óleos com gergelim cru, germe de trigo e outros durante o último mês da gravidez, ajudam a preparar a musculatura para minha passagem e assim minha mãe não precisará ser cortada nem machucada; e que há vários recursos simples que  podem minimizar o incômodo e a dor sem ter que recorrer ao uso de anestesia, que minha mãe Cinthia não quer de jeito nenhum... ou pelo menos diz isso agora!

Testamos diversas posições para o momento da minha chegada, de qualquer forma sabemos que só na hora vamos poder escolher  a que nos pareça mais confortável. Entendemos porquê a posição de barriga para cima com as pernas abertas é a pior possível, deixa de aproveitar a força da gravidade, limita os movimentos e faz com que a musculatura do períneo se estique mais do que deveria, além de fazer com que a mãe perca o controle da situação e tenham que fazer tudo por ela. Parece que para os médicos é muito confortável, eles tem uma visão ampla e não tem que se jogar no chão para nos receber.

Mamãe Cinthia amou uma cadeira com formato de semi-círculo oco  que é utilizada pela maioria das etnias indígenas do norte e nordeste do Brasil, a que testamos é uma réplica em material sintético das originais de madeira. Segundo nos contaram, o modelo foi exportado para muitos países da Europa onde o parto natural acontece na mesma proporção que as cesáreas no Brasil, 90%.

Sabem? Eu imagino que sair da barriga e passar pelo canal de parto deve ser como brincar num escorrega de água, esses dos parques aquáticos... ou será que essa é a lembrança da minha mãe?

Estamos todos muito tranqüilos, os médicos escolhidos pelas minhas mães são contra qualquer tipo de intervenção desnecessária, eles entendem que o melhor que pode acontecer é que não tenham que fazer nada, só observar e cuidar que tudo aconteça como manda a natureza. Então vou ter muita sorte! Nada de gotinhas que ardem nos olhos, nem vitamina K injetável, nem sondas, nem incubadora, só a pele e o peito da minha mãe para me aquecer e me fazer sentir em casa.

Por último nos explicaram que respeito, liberdade e privacidade são requisitos indispensáveis para deixar a natureza agir como o faz há milhares e milhares de anos com todos os mamíferos.

Nossa amiga Marizilda tirou estas belas fotos com a câmera do IPhone. Vejam os exercícios que aprendemos e a cadeira para o parto.

Mamãe Carla aprendendo a fazer massagens

 Andando como uma pata

A cadeira para o parto

No final ganhei um beijinho

Sessão de fotos às 32 semanas

Domingo, nossa amiga Janaina tirou um monte de fotos da gente.

Isto é só uma pequena amostra, depois postarei mais.

Pimpollito

A gaveta dos sapatos

Vocês acham que vou conseguir usar todos estes lindos sapatos no verão carioca?
Minhas mães vão me fazer passar calor, nem que seja para tirar fotinhos....

Última viagem de avião na barriga

Neste final de semana viajamos para Buenos Aires, minha mãe Cinthia aproveitou a última semana que tinha autorização do médico para voar e prometeu ficar quieta de agora em diante. Mexi sem parar nas três horas de vôo, da próxima vez que for com certeza estarei pendurado no peito da minha mãe, assim não sentirei tanto a pressão nos ouvidos.

Não paramos, fizemos um monte de coisas nesses três dias.

Na 6ª. começamos o dia fazendo yoga com Abu Isa

À tarde visitamos meu primo Lucas, eu senti o quentinho das mãozinhas e o doce da voz dele através da barriga. Em janeiro vamos nos conhecer pessoalmente!!

No domingo festejamos o aniversário do meu tio Dani e do meu tio-avô Manolo. Foi ótimo ouvir e sentir quase todos os meus tios e tios-avôs. Ainda ganhei outro monte de presentes!!

Meu primo Lucas aproveitou para brincar de balanço pela primeira vez.

A garça Simona

Como vocês sabem, minhas mães ainda não escolheram meu nome, preferem olhar para minha carinha e assim terem certeza do que combina. Mas pensam muito nisso e tem uma lista já mencionada em outro post: Andrés, Gael, Ilan e Tomás. Simón fazia parte dela, mas, meus avôs Angel e Isabel fizeram tal campanha contra que bloquearam o nome usando-o para esta bela garça encomendada a um escultor - serralheiro.

Com que roupa eu vou...

Minhas mães não pensam em outra coisa, tudo gira em torno da minha chegada.

Até já escolheram a roupinha que vou usar assim que nascer, é um lindo body verde com umas meias que parecem tênis de gente grande!

Elas não gostam muito do esquema azulzinho para meninos e rosinha para meninas...

Foto às 30 semanas

Amanhã completo 30 semanas e hoje fomos fazer uma dopplerfluxometria e uma ultrassonografia. Tudo deu super certo, me disseram que estou perfeito e crescendo normalmente. Já estou posicionado de cabeça para baixo me preparando para a hora de nascer, daqui a umas 8-10 semanas. Para alivio da minha mãe Cinthia não aparento ser um bebê grande, neste momento peso 1,200 kg e se continuar assim devo chegar aos  3,300 - 3,500 kg.

O Dr. Sérgio tentou muito tirar uma boa foto, mas ora colocava meu pé na frente do rosto, ora a minha mão.

Pimpolho remador

Eu já ouvia minha mãe Cinthia falar, e sentia a felicidade dela sempre que sonhava com a canoa, mas hoje foi a minha vez!!

Depois de uma noite quase sem dormir pela emoção de voltar à canoa, lá fomos nós para a Urca, numa manhã suavemente ensolarada. Todos os colegas remadores nos receberam com muita alegria.  Saímos de V12, depois de V6 e por último de V1, minha mãe remou um pouco e “manteigou”* outro tanto. Eu fiquei quietinho, só no balanço, sentindo como se o mar do meu berço uterino se prolongasse por toda a Baia da Guanabara.

*manteigar: remar passando o remo na água com força similar à de passar manteiga no pão.

Sofi

Do lado da minha mãe Carla está a minha prima Sofia. Passamos um lindo final de semana em Juiz de Fora. Ela e minha tia Silvina nos mimaram de tudo quanto é jeito. Passeamos, rimos e conversamos muito, até rolamos!! Sim, a minha mãe Cinthia pisou de mal jeito e rolamos, como uma bola, ladeira abaixo. Eu achei o máximo, parecia um parque de diversões! Ela nem tanto, ficou toda ralada.

Provavelmente da próxima vez que encontrar com elas estarei do lado de fora da barriga.

Minha família do Caribe

Eu sou muito afortunado, tenho uma família enorme e de pontos extremos da América do Sul, os caribenhos e os rioplatenses, e eu, carioca da gema!!

Na Venezuela moram minha abuela Margarita e muitooos tios e primos.

Minha mãe Carla tem seis irmãos: Marga, mãe dos meus primos Saul e Leo, Lívia, Gaby, mãe do meu primo Ricardo, e os trigêmeos Ale, Maru e Nelson. Alguns deles virão me receber no mês de dezembro, vamos passar o Natal e Réveillon juntos, comendo hallacas e dançando salsa (minha mãe Cinthia torce muito para que eu aprenda dançar como eles!)

História do moisés (continuação)

Há alguns dias contei para vocês uma parte da história do Moisés, meu berço de vime que chegou da Argentina e onde dormiram um monte de tios, primos e amiguinhos, além da minha mamãe Cinthia (na foto). E continua assim....
(Até o ano 2000 texto da minha tia-abuela Lury e, a partir de 2009, da minha Abu Isa)

Buenos Aires, 21 de septiembre 2010

Hace unos días mi mamá Cinthia me mostró un hermoso cesto que trajeron en avión los abuelos de Buenos Aires y me dijo: “Pimpollito: este es Moisés, un nuevo amigo, cariñoso y confortable que te va a cobijar amorosamente cuando salgas de la cunita de mamá”.  ¡¡¡Uy, uy, uy!!! Qué susto me pegué, amigo Moisés. No había pensado hasta ahora que algún día o alguna noche iba a tener que dejar la cunita de mamá Cinthia. Y ¿sabés por qué? porque es tan cómoda, mullida, movidita y musical que nunca nunca me aburro allí. Mamá Cinthia me lleva de aquí para allá todo el tiempo: subimos y bajamos muchas escaleras, corremos por las calles como si estuviésemos en una nube movida por el viento, vamos juntos a los ensayos, las grabaciones y los conciertos. Así pasan los días y yo me divierto mucho con toda la música y los mimos que recibo. A veces le pego una patadita porque todavía no puedo decirle “mamá te quiero mucho y soy feliz con vos”. También viajamos en micro, en subte, en avión y pronto iré a ver a mi primito Lucas y a los tíos y abuelos de Argentina. Y, sabés Moisés, desde aquí, desde la panza de mami todo lo siento muy suave. Es por todo esto y porque estoy un poco preocupado - aunque ya me contaron que sos experto en acunar bebitos y que empezaste a hacerlo en 1961 con la tía Madó - que necesito preguntarte algo: ¿no estarás cansado de tu trabajo? ¿vos podrás cuidarme y llevarme tan bien como mi mamá Cinthia? ¿serás tibio por las noches y fresquito en las mañanas tórridas de Río de Janeiro? ¿tus juncos estarán preparados para que me llegue la hermosa música que toca mi mamá Carla con su violín? ¿me llevarás a pasear aunque sean muchos los escalones que separan mi casa de la calle?

Moisés: ¿me escuchás? bueno, bueno yo sé que no podés responderme ahora pero no te preocupes, ya se me pasó la inquietud porque me acordé de anoche, cuando escuché decir a mis mamás, mientras ordenaban una montaña de divertidos juguetes y de sábanas suaves, que vos sos el mejor Moisés del mundo, el más hermoso y fuerte y que me arrullarás con toda la dulzura de los juncos entre tus canciones de mimbre, cielo y río…

Minhas coisinhas

Nesta foto minha mãe Cinthia está organizando todos os presentes que ganhei desde que comecei a me formar e crescer, lá pelo dia 27 de março. Por enquanto, meu guarda roupas é uma mala enorme, mas, em alguns dias terei minha própria cômoda. Era da Beatriz, afilhada da minha mãe, que já está grande e não precisa mais.

A chegada do Moisés - 3 de setembro

Estou muito feliz, meus avós Isabel e Angel chegam amanhã. Desta vez sim vou conseguir ouvir a voz deles, estou com 25 semanas e minha audição está bem desenvolvida!
Eles vão trazer meu primero berço, é um cesto de vime usado por duas gerações de crianças da familia. A historia está ainda incompleta...não falam de mim ...

                                                                                                                         Morón, enero de 1961

Acunando sueños

Ya en el mimbral soñaba con llegar a canasto.

El día que me seleccionaron y cargaron hacia lo que luego supe era una cestería fui bailando de júbilo. Me propuse que mis varas fuesen más flexibles que las de mis compañeros.

Me dejaron secar y un buen día dos manos habilidosas comenzaron a tejerme con vigor. Algo me decía que no iba a ser un canastito cualquiera. Mi entramado es demasiado fuerte y grande.

Me relajé para que mi elasticidad aumentara. Pronto supe que mi ilusión se cumpliría, algo bello estaba naciendo en mí. Parece que mi vida futura tendría un cometido importante; mucho después comprobé que consistía en algo que ni me había atrevido a soñar: Precisamente, mi labor es acunar sueños.

Pero no saltearé etapas.

De aquel entretejido fue surgiendo lo que hoy soy, una cuna portátil, un moisés.

Muchas veces desde mi árbol había observado a las campesinas cargando sus pequeños hijos en nidos ambulantes.

Un día soleado, mientras disfrutaba viendo a mi tejedor, comprobé que fabricó dos asas y me dio por terminado.

De un brinco aterricé en un carro sobre una montaña de sillas, canastos de diferentes tamaños, reposeras y objetos nunca vistos. Así pude descubrir donde se dirigía Jesús con su cencerro atado a las crines. El matungo, caballo viejo si los hay, arrastraba todos los domingos semejante armatoste por las calles, mientras mi dueño silbando chamamés lo guiaba, ¿o era Jesús quien los hacía?

Desde entonces empecé a frecuentar la ciudad de Morón. Hoy creo conocer todo Buenos Aires.

Salíamos cerca de las once de la mañana y regresábamos alrededor de las cinco. Volvíamos al trote y muchas veces creí caerme aunque siempre me salvó la pata de algún banquito.

Un día de mayo, una señora salió apurada de la casa de su hija. Nos detuvimos. No hizo más que verme y me eligió.

_ Mi hija va a tener familia sabe, quiero éste, es tupido y resistente _. Siempre intuí mis dotes. Y me compró nomás.

Ella cosió mi primer traje verde agua, color de mi origen. Se llama Ana y sus manos continúan tejiendo.

La hija saltaba de alegría, no se le había ocurrido que su niña durmiera en una cesta. El marido aprobó la idea sin sorprenderse, en Galicia era común.

En 1961 comencé a trabajar. Aunque lo mío es tan placentero que dudo en llamarlo trabajo.

Nunca más tuve sobresaltos. Siempre me movilizaron con especial cuidado.

Madó, fue la primera beba que recibí. La recuerdo como si fuese hoy. Rubia, de grandes ojos claros, dulce y tranquila.

Debutamos todos, era nuestra reina. Mi primera habitante, primera hija, nieta y sobrina. Hoy es médica y una estudiosa astróloga. En esa época empecé a gustar del sonido de la guitarra y me inicié en la música clásica y española.

Tuve un breve descanso hasta marzo de 1963. Lidia y Emilio me llevaron a Tapiales para acoger a Milín, su primer hijo. Entonces me inundé del salero andaluz y de muñeiras gallegas.

Ese año no paré porque Lury y Manolo decidieron encargar a Patricia, hermana de Madó. En agosto de 1963 estrenamos un nuevo hogar. Desde que la escuché acunarse supe que tendría una voz de cielo. Hoy es cantante. Con ella, descubrí nuevos sonidos de la voz humana y de la flauta, que me recordó cuando se posaban en mí los pájaros del sauzal.

Años después, Patricia accedió a que continúe cuidando a pequeñas y deliciosas personas, porque con Hugo tuvieron dos hijos: Ailin que nació en 1990 y Julian de 1994. Dos seres maravillosos a los que casi no escuché llorar. Mientras los cobijé reviví el cimbrear de mis tallos.

Mi vida es así, una eterna música. Transcurre entre arrorrós, canciones y risas, sueños, balbuceos, palabras suaves, lágrimas de emoción y perfumes de bebés, agradables o no tanto, siempre tan similares. Las otras lágrimas, las de hambre o dolor son las que me permiten descansar, porque rápidamente me liberan de mi carga.

Luego me invaden períodos de olvido y desnudez. Me aburro en el altillo, sólo frecuentado por muñecas o arañas que copian mi trama para tejer sus telas.

Entonces me dedico a recordar historias: abuelos disputando parecidos, ojos asomándose curiosos, brazos trayendo y llevando a la NUEVA VIDA, mamás temerosas ante hermanos traviesos que desean subir hasta mí para compartir mi calor...

Por suerte mis ocios son breves, parecería que la tarea no tiene miras de acabar pues quienes yo albergo encuentran un refugio que les asegura un buen futuro.

Recuerdo a Pablo. Nació en octubre de 1967, orgullo y dicha de Miguel y Martha, único continuador, hasta la fecha, del apellido Iglesias. Sus preciosas hermanas: Lorena, noviembre de 1970 y Natalia, febrero de 1973, también acudieron a mí. Hoy los tres hermanos son personas de bien y completaron estudios fascinantes. Junto a ellos me deleité con el folklore de mi país, ritmos de moda y como siempre, la música clásica.

Los hijos de Isabel y Ángel también gozaron de mis servicios. En junio de 1973 llegó Cinthia, pájaro migratorio, vive en Brasil dedicada a la música. Tres años después, en marzo nació Sergio, perfecto como una escultura griega. Daniel se demoró un tiempito, nació en octubre de 1983. Bellas criaturas que me trajeron aires de Brasil, negros spiritual, soplos de melodías judías, el rock, con Daniel, y la más variada música clásica de todo el mundo.

En un vértigo albergué a Stella Maris, amiga íntima de Madó.

Cuando creí que llegaba mi fin, una nueva generación de bebés me necesitó. La historia continúa: Mis primitivos habitantes y sus amigos tuvieron hijos.

En enero del 94, la sobrinita de Hugo y Patri deseó dormir donde lo habían hecho sus primos: Ailin y Julian. Emilia, hija de Nora y Fabián es muy hermosa y coqueta. Sus hermanitos no me conocen porque cuando nacieron vivían en Holanda.

Con Grisel cambié de estilo. Tiempos ciudadanos me hicieron gustar del tango. Hija de Anita y Marcelo. Grisel, reina del Plata, ilumina con sus ojos-faroles y baila al ritmo de la guitarra que interpreta su papá, contagiando alegría de vivir.

En 1998 acuné a Carolina, cuyos papis, Adriana y Rafael son cantantes. Otra vez la flauta, con Adriana, y bellas voces me alegraron el alma.

La amiga de siempre de Patricia, en mayo del 99 tuvo a su tercer varón y la eligió como madrina. Santiago es fuerte, inteligente y creció a tal velocidad que no llegué a cobijarlo ni cuatro meses. No sé si cada generación viene más grande o Cecilia y Alejandro encontraron una fórmula original.

Octubre de 1999. Una nueva capa blanca de esmalte me preserva, tal vez me estoy achicando, ya perdí la cuenta de cuantas me cubren, luego vendrán días de espera para que se evapore el olor a pintura y nuevamente me envuelvan en volados, moños y puntillas, casi siempre verde pálido. Aunque, recuerdo que también fui blanco, celeste cielo y una vez le pidieron un rayo al sol y lucí amarillo. Confieso que preferiría exhibir sólo mis varillas trenzadas pero ya comprobé que a las mamás les gusto así, disfrazado. ¿Se avergonzarán de mi naturaleza?

Ya no viajo en carro, vaya saber por donde anda Jesús. Ahora me trasladan en autos y trenes.

Tengo la experiencia de un adulto aunque por suerte no envejezco, los niños que refugio me contagian de NIÑEZ.

En octubre del 99 me vistieron para Atuel, hijo de Diego y Ana Clara, ahijada de Manolo y Lury. Mis entrañas de varillas se agitan de emoción.

Estoy preparado, sé que cumpliré mi misión, no soy profeta pero he conducido a través del amor y la música a quienes visitaron mi pequeño escenario y creo que si llenan sus vidas de melodías serán libres y felices.

Nuevo milenio.

Atuel me dejó, dormía incómodo, se puso tan grande... ¿Deberé despedirme ya?

Tiemblo. Hoy a la mañana escuché una buena nueva que Miguel les comunicaba por teléfono a Manolo y Lury: Pablo y Anabel van a tener un hijo. La rueda de la vida continúa; parece que mi tarea no acaba, ¿seré eterno?

El futuro abuelo estaba feliz y la abuela Martha reía tanto que descubrí de qué manera anhelaban un nietito. Los gritos de júbilo y felicitaciones de este lado de la línea estremecieron mi alma de canasto y una duda me inquietó: ¿querrán contar conmigo?

Mejor será preguntarles directamente, me dije, por eso decidí escribirles esta carta.

Queridos Anabel y Pablo:

Enterado de que serán padres, tengo el agrado de ofrecerles mis servicios para acunar a vuestro hijo o hija. Soy digno de crédito. La familia grande: parientes y amigos, como la sangre, recorren mi corazón entrelazándose en mis primitivos juncos.

Los informes los puede brindar el futuro papá, a quien supe contener.

Sin más, me despido con ilusión a la espera de una respuesta favorable.

                                                                                                        EL MOISÉS ~ 7 de febrero de 2000

Diciembre de 2009

Hola Moisés, me escuchás Moisés? Uyyy !! me parece que te quedaste demasiado dormido durante casi 10 años y ya no recordás cómo son los murmullos de un bebé que está en la panza de su mamá, como estoy yo…

Moisés…soy Lucas, el bebé de Jimena y Sergio. Sé que me faltan dos meses para cambiar de cunita: escuché que en febrero debo salir al mundo y que dormiré dentro tuyo. También escuché que sos mullido, tibio y muy coqueto pero a pesar de eso, te confieso, estoy muy preocupado ¿sabés por qué? Porque me gusta mucho mucho estar en la cunita de mamá.

Moisés, hoy que estamos todos de fiesta: ¿nos contás tu historia? Dale Moisés, contame que quiero hacerme tu amigo. Soy Lucas, ahora si me escuchás?

Muitas fraldas

Olhem todas as fraldas que tenho!! Quem aparece no meio é minha tia Silvina, irmã por escolha da minha mãe Cinthia.

Convite chá de fraldas

A Violeta, filha da Ximena, amiga de infância da minha mãe Cinthia, fez este lindo desenho. Quanto tiver meu quarto, quero colocá-lo na parede!

Chá de fraldas - 29 de agosto de 2010

Hoje foi a minha primeira festinha! Curti tudo desde a barriga. Minhas mães organizaram um “Chá de fraldas”, os amigos mais queridos apareceram para festejar a minha chegada.

Preparação

Minhas mães estão se preparando para minha chegada, querem que eu nasça da forma mais natural possível, o Dr. Xico Villela e a Fadynha estão nos ajudando para isso. Minha mãe Cinthia fica feliz cada vez que sobe os 50 degraus para chegar na nossa casa porque diz que assim vai ficar com as pernas fortes para me ter de cócoras. Minha mãe Carla faz tooodas as vontades da Cinthia, depois vai ser a minha vez!!

Música na barriga

Minha mãe Carla me comprou uns auriculares e fez uma seleção de músicas para que eu possa ir ouvindo enquanto estou dentro da barriga. Eu adorei!!! Também conversa muito comigo, todos os dias me conta coisinhas.

22 semanas - 13 de agosto de 2010

Nesta foto tenho 22 semanas, que tal meu perfil?

Meu primo Lucas

Meu primo Lucas, chamado também de Lolito por alguns, é dez meses mais velho do que eu e já me deu muitas roupinhas e brinquedos que não usa mais, eu gosto muito disso, nos faz sentir próximos apesar de morarmos em países diferentes. Tenho certeza que seremos bons amigos!

Aniversário da Abuela Isa - 9 de julho de 2010

Hoje comemoramos os 60 anos da minha abuela Isa, foi em Pingüinos. Minha mãe Carla não conseguiu chegar a tempo para a festa por culpa da Gol. Ugrrrrr!

Um monte de tios e primos me conheceram através da barriga da minha mãe. Ganhei muitos presentes, até parecia que eu estava fazendo aniversário...