terça-feira, 29 de maio de 2012

Amamentar

E passou mais de um ano desde a última postagem...

Depois de escrever um depoimento para um fantástico site que super recomendo www.aleitamento.com  me empolguei e resolvi retomar o blog abandonado.

Compartilho com vocês o depoimento:




CARLA + CINTHIA = I L A N
NOVAS FAMÍLIAS


Ilan é um maravilhoso bebê de 18 meses, foi gerado por Inseminação Artificial com sêmen de doador anônimo e tem duas mães completamente apaixonadas por ele.

Após o nascimento achamos que não pudesse existir algo mais prazeroso e fantástico do que o parto, mas, logo depois, descobrimos que existe sim, a amamentação. Ilan mama bastante, não usa chupeta e só tomou mamadeira nos dois dias após o nascimento, oferecida pelas enfermeiras da UTI.

Nasceu com pouco menos de 37 semanas, num parto “relâmpago”, Apgar 9/10, mas, infelizmente teve que passar quase dois dias na UTI. Logo após o parto eu estava em perfeitas condições de amamentar, porém, só me convocaram para extrair leite no lactário quase 18 horas depois, e claro que o resultado não foi nada bom, não consegui juntar nem 10ml! Enquanto isso, na UTI, deram ao Ilan mamadeira e chupeta. Somente 24 horas após o nascimento, ofereci o peito pela primeira vez, sem muito sucesso e precisando complementação com mamadeira. As enfermeiras não ajudaram muito, dizendo que meu bico era plano e colocando mil travas para me permitir amamentar durante a noite.

Quase dois dias depois tivemos alta e saímos da maternidade com a orientação de comprar uma lata de fórmula infantil por “segurança”. Ainda bem que minha mãe, que veio para nos dar uma força nos primeiros dias, nos alertou a não dar ouvidos a tão péssimos conselhos! Não compramos nada e fomos para casa dispostas a tentar com todas as forças fazer o Ilan mamar, para isso, precisamos esquecer momentaneamente a pressão coletiva do ganho de peso, Ilan saiu da maternidade com 2.300kg.

Os primeiros dias foram muito difíceis, era necessária uma equipe de apoio! A Carla segurando as mãozinhas e minha mãe mantendo a cabeça dele junto ao peito, enquanto eu chorava de frustração, mas, logo, logo tudo foi se ajeitando e o Ilan passou a mamar bastante e a aumentar de peso rapidamente. O trabalho de equipe do casal é fundamental, brincávamos que eu era mãe “teta” e a Carla a mãe “pum”, acho que eu nunca fiz o Ilan arrotar, sempre a Carla foi a responsável por essa tarefa.
No entanto a felicidade durou pouco, menos de um mês após o nascimento comecei a ter vários problemas: ingurgitamento, muitas dores e até dias de febre. As dores foram se intensificando, era como se facas ou vidros atravessassem os peitos logo após cada mamada, e a sensação demorava horas para sumir. Embora me considerasse bem informada, acreditei na máxima popular “amamentar dói”, me resignei a sentir dores absurdas e me preparei para ser bastante infeliz nos meses que durasse o aleitamento.

Quando Ilan completou 3 meses, começou a recusar a mama esquerda, coincidentemente aquele era o peito que eu sentia mais dor, entendi que tinha chegado a hora de procurar ajuda. Estávamos na Argentina e agendamos com uma puericultora que foi ao nosso encontro, observou o Ilan mamar, deu uma olhada em mim e suspeitou de Candidíase, recomendou uma medicação e após algumas semanas de cuidados, tudo se resolveu, a amamentação passou de ser uma atividade extremamente dolorosa a puro prazer.

Nesse período também optamos por passar o Ilan para nossa cama, assim ele podia mamar o quanto quisesse e eu não precisaria levantar, ele passou a mamar no esquema “self service” e eu, muitas das vezes, sequer acordava. A sensação de noites mal dormidas por amamentar praticamente não existiu. Hoje, somos partidárias convictas da “cama compartilhada ou familiar” no período de aleitamento.

Cada dia com mais leite e me preparando para voltar ao trabalho após 6 meses de licença, resolvi começar a estocar, aluguei uma bomba elétrica e passei a extrair leite sistematicamente. Como Ilan não quis nem saber de tomar mamadeira ou copinho de leite materno, passei a doar uma parte. Assim, todas as semanas, até os 10 meses do Ilan, o banco de leite do Fernandes Figueira retirava, na nossa casa, alguns vidros.

O tempo foi passando e Ilan continuava mamando normalmente, após os 6 meses introduzimos outros alimentos, o processo foi muito, muito lento, mas hoje, ele tem um paladar inacreditável, come com muito prazer rúcula, queijo parmesano, pratos temperados ou qualquer outra coisa que os adultos ao seu redor estejam comendo, porém, em porções de passarinho... Sempre que possível, uma vez ao dia praticamos a que chamamos de “mamada familiar”, os três deitados na cama, fazendo carinhos, mamando e cantando.

Quando Ilan completou 15 meses, começou a frequentar uma escolinha e alguns dias depois teve a primeira virose da vida! Após três dias de febre, de uma hora para a outra, parou de mamar. Tentamos reverter a situação das mais diversas formas, sem obter sucesso. Eu não conseguia me conformar, Ilan adorava mamar, sempre pedia “teta” da forma mais charmosa do mundo, como agora preferia passar a noite chorando ao invés de mamar? Alguma coisa tinha que estar errada. E passaram-se 4 dias, eu não queria perder as esperanças e mantive uma rotina de extração com bomba para estar preparada caso ele mudasse de ideia. Após troca-troca de pediatra, foi diagnosticado com estomatite, tinha uma ferida enorme no fundo da boca. Estava explicado: quem gosta de comer machucado desse jeito? A medicação certa e menos de uma hora depois: - mamãe, teta, teta!!. Choramos de felicidade! Ainda não estava na hora de parar de mamar. Quando esse dia chegar, tenho certeza que os dois vamos saber.

Desde que ele nasceu que as pessoas perguntam: até quando você vai amamentar? E desde então a minha resposta continua a mesma: até quando ele quiser, por mim, pelo menos mais um ano...
Dar de mamar a um bebezinho que depende daquilo para viver é lindo, mas, dar de mamar a um bebezão que sabe o que quer e pede com todas as letras, é demais!
Não desistam de amamentar, sempre, sempre vale a pena, seu filho vai ficar com uma herança de saúde e amor para a vida toda!

Carla Rincón e Cinthia Berman, mães de Ilan Berman Rincón (18 meses)

17 de maio – Dia Internacional do combate à HOMOFOBIA

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Abril 2011

Entre reuniões, aulas de violino, concertos e demais atividades, fiquei muito ocupado este mês. Mas, atentendo a pedidos, posto fotos das últimas semanas

Na cabine de luz do Municipal, durante o ensaio geral da orquestra

E agora recebendo o público antes do concerto



Participo ativamente das aulas de violino da minha mãe


E depois vou para a feira

Aprendo a ler e treino para engatinhar
De reunião em reunião


e depois um bom descanso no puff dos padrinhos
Viajamos a Juiz de Fora visitar a tia Sil e a prima Sofi, dormi a viagem inteira, na ida e na volta


Fui à praça com Sofi e depois ela leu a história da minha família, publicada um tempo atrás

E agora, melhor que qualquer brinquedo: meus próprios pés!
 e estas porque sou lindo! (minhas mães que dizem...)

quinta-feira, 31 de março de 2011

Crescendo

Saímos de compras com o padrinho Fê e, agora sim, tenho berço e banheira adequados para meu tamanho!

Primeiro banho na nova banheira

 Olhem meu berço! Para variar, também verde
Enquanto eu durmo despreocupado, minha mãe Cinthia escolhe um copinho para mim. Daqui a 7 semanas acaba a "teta à vontade", vou ter que me acostumar com horários de mamadas e aprender a gostar de sucos e sopas. O estoque de leite materna no freezer aumenta a cada dia, uma parte para mim e outra para o banco de leite. O pediatra recomendou pular a fase mamadeira e ir direto para o copinho. Cinthia gostou bastante da ideia, não quer concorrência...


segunda-feira, 28 de março de 2011

Temporada 2011

Ontem foi a Abertura da Temporada 2011 da Petrobras Sinfônica e, claro, eu estava lá com as minhas mães. Assisti a primeira parte do concerto quietinho e fui paparicado por todos.
O Cristiano me apresentou a clarineta, gostei bastante, mas até agora, o instrumento que mais gosto é o violino da minha mãe. Assisto todas as aulas que ela dá em casa e sempre tenho algo a dizer. Choro quando os alunos desafinam ou tocam em modo menor.

Hoje, também no Municipal, foi a gravação do DVD da minha mãe. Que orgulho!! eu, lógico, estive lá

Aqui com o Quarteto Radamés

Agora assintido, na plateia do TM só para mim!

sábado, 26 de março de 2011

Quatro meses depois

 Fotos e vídeos do que aconteceu exatamente 4 meses atrás.
A sexta-feira 26 de novembro amanheceu diferente. Por volta das 2 da madrugada minha mãe Cinthia começou a sentir uma colicazinhas, ficou de olho no relógio se perguntando se seria o grande dia. Com o movimento a mamãe Carla também acordou. Cinthia disse para não se preocupar, que no último mês de gravidez coisas diferentes se sentem e, depois de muita insistência, voltou a fingir que dormia. E assim se passou o resto da noite.
Lá pelas 5h mãe Cinthia sentiu muita fome, resolveu fazer uma macarronada e pensou - aconteça o que acontecer terei carboidratos suficientes para agüentar o tranco-, comeu e voltou a dormir e tudo ficou calmo de novo, sem sinal de contrações.
Nessa manhã tínhamos marcado uma consulta para conhecer o Dr. Ricardo, que acompanharia meu nascimento. Quando chegamos, ao redor das 12h, nos mandou de volta para casa, minha mãe Cinthia estava sentindo bastante dor e era provável que o parto estivesse perto. Mal sabia ele que em pouco mais de 4 horas me conheceria pessoalmente.
Mamãe Cinthia ainda insistia que tinha uma reunião de trabalho às 15h, que bobinha, a reunião era comigo!
A volta para casa foi animada, do Leblon à Lapa umas quatro contrações muito fortes. Chegando em casa, direto para o chuveiro e do chuveiro para o chão e do chão de novo para a água enquanto mamãe Carla acabava de arrumar a mala, ligava para Dr. Xico, que mandou a gente voar para a maternidade e, tomava as decisões práticas. Num determinado momento disse -vamos descer, o taxi chegou- uma contração na escada e já estávamos a caminho. O taxista estava mais assustado que nós três juntos!
No banco de trás, de joelhos, olhando para atrás, mãe Cinthia foi berrando enquanto mãe Carla mandava mensagens para todos, incluído a fotografa Marizilda que acompanharia meu nascimento.
Por volta das 15h demos entrada na Perinatal. Parece que lá não estão muito acostumados a receber mulheres em franco trabalho de parto, descabeladas e aos gritos e, em menos de um minuto, nos tiraram da recepção e nos chamaram de “fora do mapa”. Para eles deve bem mais tranqüilo marcar hora para a cesariana, né? Um médico que viu a situação examinou minha mãe Cinthia, que já estava com 6cm de dilação e a encaminhou direto para a sala de parto enquanto o Dr. Xico e sua equipe chegavam.
Mãe Carla fazia a internação e mamãe Cinthia brigava com as enfermeiras porque a queriam sentar numa cadeira de rodas, e mais uma briga no centro cirúrgico para que a encaminhassem para a sala de parto humanizado e ainda 15 minutos de espera e discussão para que limpassem a banheira e a deixassem entrar. E eu ali, empurrando com mais força a cada vez.
Finalmente chega o Dr Xico e oh supressa! 10 cm de dilatação e eu coroando!! Cinthia na lua de dor e mamãe Carla ajudando-a com a concentração e respiração.

As contrações não davam respiro, uma em cima da outra, até que o Dr Xico pergunto se ela queria um pouquinho de anestesia, topou na hora! E o ritmo ficou mais calmo, conseguíamos controlar um pouquinho mais a força e não precisamos episiotomia.

(Aqui entraria um vídeo, mas, depois de muitas tentativas frustradas de subí-lo, desistimos)
Entre uma contração e outra eu recebia até cafuné, e de repente soube que a hora havia chegado,

 o Dr. Xico disse  - chamem o Dr. Ricardo, o bebê já está aqui!!
( + um vídeo que virá)
Mais uma força e às 16h50 cheguei de uma vez! A luz da sala foi apagada e só as vozes das minhas mães e o 3º. movimento da Nona de Beethovem ouvi.

(e outro vídeo...)
Minutos depois o cordão parou de pulsar e mamãe Carla o cortou, ficamos os três abraçados por quase uma hora

e ai me levaram para o berçário. Embora o Apgar tenha sido 9/10 , como nasci de 36 semanas e ficava cansadinho, acabaram me levando para a UTI, não gostei e minhas mães ficaram muito tristes e assustadas.

Nessas 36h que fiquei por lá, minhas mães passaram o tempo todo comigo, conversando, cantando e me dando de mamar, finalmente ALTA!! e assim, no domingo 28 de manhã e com menos de dois dias cheguei na minha casa.

O resto da estória vocês conhecem.
(Todas as fotos, menos esta última, obvio, são da maravilhosa Marizilda Cruppe)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Quase 4

Amanhã completo 4 meses e vejam quanto cresci, peso 6.640 gramas. O vermelhinho na tabela sou eu!



Estou ficando alto!. Sou percentil 50 em peso e altura, mas, minha cabeça é bem grande, 42 centimetros.



A banheira está no limite e é uma dificuldade achar outra bem simples, de plástico, maior. Todas são sofisticadas, inflam, dobram....


E o moisés também está pequeno, na 2ª.f vão montar meu berço de bebê grande.

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia agitado

Ontem tive meu primeiro contato com o piano, gostei bastante, Ana Paula tocou para mim e depois foi a minha vez.
Josiane: não fica enciumada, você será a minha professora quando crescer!



Brinquei no chão com a minha mãe Cinthia e aprendi a me virar de barriga para cima estando de bruços!






E olhem o vídeo!!! Estou treinando para engatinhar, sei que sou pequeno ainda, mas, daqui a alguns meses vou conseguir, hoje avancei alguns centímetros.


E depois de tanto esforço...