Fotos e vídeos do que aconteceu exatamente 4 meses atrás.
A sexta-feira 26 de novembro amanheceu diferente. Por volta das 2 da madrugada minha mãe Cinthia começou a sentir uma colicazinhas, ficou de olho no relógio se perguntando se seria o grande dia. Com o movimento a mamãe Carla também acordou. Cinthia disse para não se preocupar, que no último mês de gravidez coisas diferentes se sentem e, depois de muita insistência, voltou a fingir que dormia. E assim se passou o resto da noite.
Lá pelas 5h mãe Cinthia sentiu muita fome, resolveu fazer uma macarronada e pensou - aconteça o que acontecer terei carboidratos suficientes para agüentar o tranco-, comeu e voltou a dormir e tudo ficou calmo de novo, sem sinal de contrações.
Lá pelas 5h mãe Cinthia sentiu muita fome, resolveu fazer uma macarronada e pensou - aconteça o que acontecer terei carboidratos suficientes para agüentar o tranco-, comeu e voltou a dormir e tudo ficou calmo de novo, sem sinal de contrações.
Nessa manhã tínhamos marcado uma consulta para conhecer o Dr. Ricardo, que acompanharia meu nascimento. Quando chegamos, ao redor das 12h, nos mandou de volta para casa, minha mãe Cinthia estava sentindo bastante dor e era provável que o parto estivesse perto. Mal sabia ele que em pouco mais de 4 horas me conheceria pessoalmente.
Mamãe Cinthia ainda insistia que tinha uma reunião de trabalho às 15h, que bobinha, a reunião era comigo!
A volta para casa foi animada, do Leblon à Lapa umas quatro contrações muito fortes. Chegando em casa, direto para o chuveiro e do chuveiro para o chão e do chão de novo para a água enquanto mamãe Carla acabava de arrumar a mala, ligava para Dr. Xico, que mandou a gente voar para a maternidade e, tomava as decisões práticas. Num determinado momento disse -vamos descer, o taxi chegou- uma contração na escada e já estávamos a caminho. O taxista estava mais assustado que nós três juntos!
No banco de trás, de joelhos, olhando para atrás, mãe Cinthia foi berrando enquanto mãe Carla mandava mensagens para todos, incluído a fotografa Marizilda que acompanharia meu nascimento.
No banco de trás, de joelhos, olhando para atrás, mãe Cinthia foi berrando enquanto mãe Carla mandava mensagens para todos, incluído a fotografa Marizilda que acompanharia meu nascimento.
Por volta das 15h demos entrada na Perinatal. Parece que lá não estão muito acostumados a receber mulheres em franco trabalho de parto, descabeladas e aos gritos e, em menos de um minuto, nos tiraram da recepção e nos chamaram de “fora do mapa”. Para eles deve bem mais tranqüilo marcar hora para a cesariana, né? Um médico que viu a situação examinou minha mãe Cinthia, que já estava com 6cm de dilação e a encaminhou direto para a sala de parto enquanto o Dr. Xico e sua equipe chegavam.
Mãe Carla fazia a internação e mamãe Cinthia brigava com as enfermeiras porque a queriam sentar numa cadeira de rodas, e mais uma briga no centro cirúrgico para que a encaminhassem para a sala de parto humanizado e ainda 15 minutos de espera e discussão para que limpassem a banheira e a deixassem entrar. E eu ali, empurrando com mais força a cada vez.
Finalmente chega o Dr Xico e oh supressa! 10 cm de dilatação e eu coroando!! Cinthia na lua de dor e mamãe Carla ajudando-a com a concentração e respiração.
As contrações não davam respiro, uma em cima da outra, até que o Dr Xico pergunto se ela queria um pouquinho de anestesia, topou na hora! E o ritmo ficou mais calmo, conseguíamos controlar um pouquinho mais a força e não precisamos episiotomia.
(Aqui entraria um vídeo, mas, depois de muitas tentativas frustradas de subí-lo, desistimos)
Entre uma contração e outra eu recebia até cafuné, e de repente soube que a hora havia chegado,
o Dr. Xico disse - chamem o Dr. Ricardo, o bebê já está aqui!!
( + um vídeo que virá)
Mais uma força e às 16h50 cheguei de uma vez! A luz da sala foi apagada e só as vozes das minhas mães e o 3º. movimento da Nona de Beethovem ouvi.
(e outro vídeo...)
Minutos depois o cordão parou de pulsar e mamãe Carla o cortou, ficamos os três abraçados por quase uma hora
e ai me levaram para o berçário. Embora o Apgar tenha sido 9/10 , como nasci de 36 semanas e ficava cansadinho, acabaram me levando para a UTI, não gostei e minhas mães ficaram muito tristes e assustadas.
Nessas 36h que fiquei por lá, minhas mães passaram o tempo todo comigo, conversando, cantando e me dando de mamar, finalmente ALTA!! e assim, no domingo 28 de manhã e com menos de dois dias cheguei na minha casa.
O resto da estória vocês conhecem.
(Todas as fotos, menos esta última, obvio, são da maravilhosa Marizilda Cruppe)
(Todas as fotos, menos esta última, obvio, são da maravilhosa Marizilda Cruppe)
Lindo meninas, quero um parto assim também.
ResponderExcluirMuita saúde p/ os três!
Beijos
Liana
Que relato lindo, que parto rápido! Cheguei aqui por indicação de duas leitoras do meu blog que também desejam ter filhos. E me emocionei com este relato. Conheci o dr. Ricardo numa palestra aqui em BSB e gostei muito. Se estivesse no Rio, também levaria minhas filhas a ele (e também teria o Xico como GO, já ouvi falar muito bem dele). Que parto maravilhoso, vcs estão de parabéns!
ResponderExcluirBeijos